quinta-feira, 29 de março de 2007

Os meus dias…

Passo os dias à espera do amanhã…
E é tão impotente esta sensação de vazio.
Conto as horas num relógio sem ponteiros,
Descompassado entre os nossos dias sem horários.
Sem palavras. Sem cores. Sem sorrisos.
Sem nós.
Passo os dias à espera do amanhã…
Um dia novo que me traga notícias dos teus dias.
Dias que passas longe de mim,
Entre pessoas que não conheço.
Sem emoções. Sem motivos. Sem momentos.
Sem nós.
Passo os dias à espera do amanhã…
Um dia em que voltas sorrindo.
Esquecendo tudo o que não houve,
E colocas de lado, de forma irrepreensivel, o que não foi dito.
Sem medos. Sem pretextos. Sem justificações.
Sem nós.
Passo os dias à espera do amanhã…
Sonhando com a tua voz tranquila.
Com as poesias que fazes sem pensar,
Numa vida desencontrada que segue lenta em corredores estreitos.
Sem ternura. Sem coragem. Sem sonhos.
Sem nós.
Passo os dias à espera do amanhã…
De me encontrar nos teus braços.
De me perder nas loucuras que dizemos,
Sem medir consequências do bem e do mal…
Com amor. Com paixão. Com sentimento.
Com os dois.
Passo os dias à espera… de saber como será?
Passo os dias à espera … de ti!

Efectivamente à espera...
Afectivamente uma dor.

segunda-feira, 19 de março de 2007

Já não sei viver sem ti?

Já não sei viver sem ti.
Sem as tuas contradições e dilemas,
Esquemas e cenas sentimentais.
Excita-me a tua arrogância e aparente desprezo,
A falta de coragem e provocações constantes.
Gosto quando me arruínas os planos,
E me dizes mentiras a toda a hora.
Adoro quando evitas olhar-me,
E me respondes sem ter ouvido o que te perguntei.
Quero-te quando finges não notar as minhas investidas,
E pareces esquecer quem sou.
Levas-me à loucura quando não me respondes às mensagens,
E negas ter visto os meus telefonemas.
Fascina-me a tua capacidade de deixar as conversas a meio,
E mais ainda quando voltas a elas e não tens nada acrescentar.
Tiram-me do sério os teus exageros,
E as divagações alucinadas sem mais...
Amo os teus defeitos
E confesso que sem eles já não sei viver.

Efectivamente um amor inexplicável
Afectivamente um verdadeiro amor.

quinta-feira, 15 de março de 2007

And so it is...

É mesmo isso... não consigo deixar de pensar em ti!
Grande tema da bando sonora do filme CLOSER... e eu também queria estar pertinho de ti!
Abraçadinhos a dançar ao som desta música (que eu provavelmente iria por no repeat).
Um agradecimento ao Damian Rice!

"And so it is
Just like you said it would be
Life goes easy on me
Most of the time

And so it is
The shorter story
No love, no glory
No hero in her sky

I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes...

And so it is
Just like you said it should be
We'll both forget the breeze
Most of the time

And so it is
The colder water
The blower's daughter
The pupil in denial

I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes...

Did I say that I loathe you?
Did I say that I want to
Leave it all behind?

I can't take my mind off of you
I can't take my mind off of you
I can't take my mind off of you
I can't take my mind off of you
I can't take my mind off of you
I can't take my mind...
My mind...my mind...
'Til I find somebody new"

Efectivamente "I can't take my mind off you"
Afectivamente "Just like you said it would be"

segunda-feira, 12 de março de 2007

Minutos

São minutos... Minutos de espera, minutos de amor, de glória, de triunfo, de suor, de lágrimas, de alegria... Minutos próximos, minutos distantes (que doem e teimam em passar). E hoje só consigo pensar que cada minuto que passa é menos um que falta para te ver...E cheguei à conclusão que todos os minutos da minha vida são para ti! Por isso para ti esta canção do Mikel Erentxun... Afinal, estou "A un minuto de ti".

"Antes de tres lunas volveré por ti,
antes que me eches de menos".
Dejaste vías muertas tendidas al pasar,
nunca te he esperado tanto.

A un minuto de ti, voy detrás de ti.
A un minuto de ti, te seguiré.

El viento se ha calzado sus guantes de piel,
se entretiene con mi pelo.
Bebo el agua que viene conmigo, estoy
estancado en tu reflejo.

Solamente de ti, gota a gota,
solamente de ti, veneno y sed.

Llegaré solo hasta el umbral.
¡Qué puedo perder!
Me atreveré, cuento un paso más.
No soy como tú.

A un minuto de ti, voy detrás de ti.
A un minuto de ti, te seguiré.

Voy a arder, braceo en espiral,
me vuelvo a repetir.
Saltaré, planeo en derredor
no soy como tú.”

Efectivamente sinto-te cada vez mais perto.
Afectivamente cada minuto meu é teu!

quinta-feira, 8 de março de 2007

A todas as Mulheres

6h15. Acorda. Levanta-se. Um duche rápido. Pega no filho mais novo e dá-lhe o biberão. Acorda o marido. Prepara o pequeno-almoço. Acorda a Maria. Acorda o Francisco (filhos mais velhos). Enquanto fazem uma pequena birra de sono prepara-lhes a roupa. Faz as camas. Veste o bebé.. Os 5 tomam o pequeno-almoço. Arranja-se, enquanto o marido põe a loiça na máquina. Saem. No caminho contam histórias. Deixa o Eduardo em casa da mãe. E depois de mais 20 minutos no para arranca chega até à escola. Entrega os meninos à professora.
Mais 15 minutos de trânsito e está no trabalho. Uma reunião. Três processos para ler. Decisões a ser tomadas. Uma amiga no messenger que não pára de falar sobre o jantar de sábado. Quatro telefonemas. O chefe que pede um relatório. Hora de almoço. Ginásio. Uma ida ao banco. Almoço com uma fonte. Telefonema para saber do Eduardo. Chega ao trabalho. Dois recados em cima da mesa. Um e-mail importante para responder. Uma entrevista. Um telefonema ao seu mais que tudo para namorar. Combinam o quê fazer para jantar. Escreve um texto. Reunião com a equipa. Seis da tarde. Volta a ligar ao marido. Está atrasada para ir buscar os miúdos. Mas ele também não os pode ir buscar. Liga ao pai, ele diz que não há problema. O telefone volta a tocar, é a mãe. “O Eduardo tem febre! Parece ser o primeiro dente.”. Um brainstorming rápido. Manda um sms ao marido a dizer do Eduardo. Acaba a reunião. Demorou mais do que o previsto. Liga à pediatra. Ainda pode levar lá hoje o bebé. Segue apressada até casa dos pais. Pega no Eduardo mete-se num táxi e voam para a consulta. Benuron receitado. Sai da clínica. O marido está à espera. São oito horas. Recolhe a Maria e o Francisco. “Já fizemos os trabalhos de casa com a avó!” conta o Francisco. “Ainda tenho que colorir um desenho.”, acrescenta a Maria. Chegam, finalmente a casa. Mas o dia está longe de estar terminado. “Maria o pai ajuda-te a colorir o desenho. Francisco, salta para o banho!”. O bebé dorme. O marido tem de terminar um trabalho em casa. Dá banho a Maria. Faz o jantar. Dois telefonemas importantes no meio de um refogado. Jantam finalmente. São nove e meia e os miúdos estão cansados. Enquanto lavam os dentes abre-lhes a cama. “Ó mamã conta-nos uma história! ”. Lê-lhes pela décima vez o «Patinho feio», eles adoram. Chega à sala. O marido abre uma garrafa de vinho. Chegou a hora de relaxar. Enquanto colocam a loiça na máquina conversam e bebem. O Eduardo chora. Está na hora do biberão. Ele volta a dormir, agora com a barriguinha cheia. Volta à sala. O marido já dorme no sofá. Varre o chão. Recolhe os brinquedos. Enrola o fio da Playstation. Passa uma camisa a ferro e umas calças do marido. Recolhe uma papelada da mesa e mete-a na pasta. Limpa a bancada da cozinha. Senta-se no sofá ao lado do marido. Ele acorda. Abraça-a. Conta-lhe um segredo. Levanta-se. Volta com um ramo de flores. “Feliz Dia Internacional da Mulher!”. Adormecem agarrados. 24h34. Um dia interminável...
6h15. Acorda. Levanta-se. Um duche rápido. Ouve o Eduardo a chorar…
Mais um dia…
Uma homenagem às mulheres…

Efectivamente grandes seres humanos.
Afectivamente a minha admiração para todas elas.

quarta-feira, 7 de março de 2007

O teu sorriso na minha janela.

O teu sorriso espreitou hoje através da minha janela e eu deixei-o entrar.
Deixo sempre. Não lhe consigo resistir. Engana-me, mente-me, ilude-me, desilude-me, encanta-me, desencantam-me, fascina-me, enlouquece-me, magoa-me, alegra-me, chateia-me, enamora-me… mas já não sei viver sem ele. Talvez por isso o deixe entrar sempre que espreita através da minha janela.
Queria poder tê-lo só para mim… como quem possui o mais valioso tesouro. Mas sei que se fosse só meu perderia o encanto…
Sei que quando o usas consegues tudo aquilo a que te propões… Sei que é mágico. Sei que há quem pague fortunas para o ver… Mas também sei que não espreita por outras janelas. E isso mostra o quão especial pode ser.
Às vezes sonho com ele. Vejo-o entrar e fica a morar ali. Mas o dia amanhece e ele parte silencioso. Sei que volta. Volta sempre. E eu voltarei a deixa-lo entrar.

Efectivamente uma janela entreaberta.
Afectivamente à espera do teu sorriso.

terça-feira, 6 de março de 2007

De partida?

Foste embora e levaste contigo as palavras.
Sem despedidas. Sem demoras. Partiste sem dizer nada.
Fiquei perdida. Sozinha. Com medo.
De repente sou só interrogações:
Quando voltas?
Voltas?
Que significa o teu silêncio?
Que fizeste às palavras que te dei?
Onde estão os sentimentos que te conheci?
Quais são as tuas dúvidas?
Porque é que não as contas como sempre?
Que pensamentos te invadem?
Porque não os partilhas comigo?
O que é que mudou?
Porquê?
No fundo só queria que tudo voltasse a ter a mesma forma. A ter o mesmo sabor. A ter a mesma fragrância. A ser como era…
E tu…
Foste embora e levaste contigo as palavras... que me prometeste.

Efectivamente sinto-te de partida.
Afectivamente dor.

segunda-feira, 5 de março de 2007

Se pudesse… uma carta!

Tem sido tão difícil seguir com a minha vida depois de ti.
Nunca pensei… A sério. Chega a ser ridículo. Mas, às vezes, parece que vivo numa das muitas canções de dor de corno do Tony Carreira. “Depois de ti mais nada. Nem sol nem madrugada...”
É desesperante não saber que fazes do tempo que nos demos. Que, na altura, me parecia tão necessário. E hoje me parece uma perfeita estupidez. Assusta-me pensar que podes não voltar. És livre para faze-lo. Eu… é que já não me sinto livre… sem ti. O que é uma contradição. Não tenho vontade de nada. A energia parece estar a acabar e é como se de repente só me alimentasse de ti. Não há uma volta que o ponteiro dos segundos dê no relógio que eu não me lembre de ti. Do teu sorriso malandro. Da tua conversa meiga e atenta a todos pormenores. Da tua barba suave. Do teu jeito desajeitado. Da tua sinceridade apaixonante. Do teu sentido de humor. Da tua capacidade de me fazer rir e acreditar que tudo é possível…«basta querer». E a questão é: Será que queremos? Eu quero. Quero muito. Saber de ti. Saber que fazes do tempo que nos demos? Saber se o nosso tempo chegará? Saber como será o nosso tempo? E se de facto aquilo que nos falta é tempo?
Mas as perguntas ficam sem repostas… e há tanto tempo que procuro solução para elas!
Aguardo-te tranquila, ansiosa… às vezes mais, às vezes menos. Aguardo notícias de nós, de ti. Espero que me digas como seguir com a minha vida depois de ti?
Espero que me dês uma resposta… Seja ela qual for. Mas tira-me deste impasse…

Efectivamente num impasse.
Afectivamente uma carta para ti…se pudesse!

sexta-feira, 2 de março de 2007

Estamos em Março.

Chegou Março...
É o mês que traz o calor... a vontade de uma esplanada ao final da tarde.
É uma miragem longínqua do Verão... o desejo de uma praia dourada de manhã.
É o crescimento de flores coloridas... e a pressa de correr nos campos devagar.
É a chegada da andorinha... com uma mensagem de esperança.
É a alegria das noites amenas e sentimentos mais alvoroçados.
É o sossego do sol, depois de noites duras de chuva grossa nas janelas.
É o prazer de uma passeio de mãos dadas à beira rio.

Estamos em Março! Tudo é possível!