segunda-feira, 30 de abril de 2007

Uma dúvida

Hoje tenho uma pergunta... Uma dúvida que há uns dias não me sai do pensamento e para a qual não tenho resposta... Talvez, alguém que já tenha vivido uma situação igual, ou parecida, me consiga ajudar...

Com que direito é que as pessoas entram nas nossas vidas, fazem mudanças... e saem como se nada tivesse acontecido?

Não consigo entender...

Efectivamente uma dúvida.
Afectivamente uma desilusão.

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Disparando balas de canhão!

Este tema é ...
Qualquer adjectivo é pouco para descrever.
Mais uma vez tenho que agradecer ao Damian, por ter feito esta música.


Cannonball

"There's still a little bit of your taste in my mouth
There's still a little bit of you laced with my doubt
It's still a little hard to say what's going on
There's still a little bit of your ghost your witness
There's still a little piece of your face i haven't kissed
You step a little closer to me
Still i can't see what's going on
Stones taught me to fly
Love taught me to lie
Life taught me to die
So it's not hard to fall
When you float like a cannonball
There's still a little bit of your song in my ear
There's still a little bit of your words i long to hear
You step a little closer each day
So close that i can't see what's going on
Stones taught me to fly
Love taught me to lie
Life taught me to die
So it's not hard to fall
When you float like a cannon
Stones taught me to fly
Love taught me to cry
So come on courage
Teach me to be shy
'Cause it's not hard to fall
And i don't want to scare her
It's not hard to fall
And i don't wanna lose
It's not hard to grow
When you know that you just don't know "

Já foi assim... mas passou... Como quem dispara uma bala de canhão.

Efectivamente um tema fantástico.
Afectivamente sem pena.

Dito isto não há mais nada a acrescentar…

Assim… com a razão a apontar na direcção certa termina uma história errada… que não se chegou a escrever.
Queríamos desenhar as nossas vidas juntas… mas não conseguimos passar dos esboços. Qual pintor frustrado?
Depois de várias tentativas de sermos arquitectos de um amor de alicerces poucos sólidos descobrimos que é melhor terminar a obra… afinal, as licenças para arrancar esta construção não chegaram a sair (de dentro dos corações).
E aliás, como tu próprio quiseste frisar, pode ser que o futuro nos queira juntos novamente.
Pode ser... Mas agora não!
Cansei-me de esperar por um postal de notificação que vem de um futuro que chega tardio…

Sê feliz!
Eu também serei…

Efectivamente cansada desta história
Afectivamente farta de ti

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Para uma amiga especial

Há 26 anos atrás… nasceu.
Era pequenina, como ainda hoje o é.
Tinha uns olhos azuis, que iluminavam o caminho.
Pareciam duas estrelinhas a brilhar.
E um sorriso presente… que impunha ser olhado.
Como um diamante numa montra.
Não a conhecia então. Mas tenho a certeza que era assim…

Um dia, os nossos caminhos cruzaram-se.
E esse sorriso ficou para sempre em mim.
O brilho dos seus olhos iluminou o meu caminho também.
Uma palavra acertada. Uma piada infalível. Um olhar cúmplice.
A atitude determinada. A alma aberta. O coração honesto.
E os nossos caminhos nunca mais se separaram.

Vivemos o verão das nossas vidas. Juntas.
E nada pode apagar isso.
As cumplicidades, gargalhadas, medos, decisões, esperanças, desejos, segredos… partilhas que contam duas histórias, que se unem numa só.
A nossa vida. Na qual temos estado sempre juntas.

Juntas mudamos o mundo. O nosso mundo.
Juntas vencemos medos. Os nossos medos.
Juntas conquistamos sonhos. Os nossos sonhos.
Juntas triunfamos batalhas. As nossas batalhas.
Juntas somos grandes. (Ainda que ninguém acredite).
Juntas construímos a amizade. A nossa amizade. Sólida. Verdadeira. Intocável.

E assim vai ser sempre… Juntas.

Felicidades Adri! Parabéns pelo aniversário e por seres como és...

Efectivamente uma grande amiga
Afectivamente uma irmã!

sexta-feira, 20 de abril de 2007

365 dias de amor

Desci as escadas apressada com medo de não te voltar a ver.
Conheces os meus passos… e fizeste um compasso de espera… dissimulaste, com esse charme característico, para que não percebesse que me esperavas.
Afinal… eu também conheço os teus passos!
Olhei-te… e não tinha nada para te dizer…
As escadas, que desci a correr, ficaram com as minhas palavras.
Abracei-te! Foi o melhor abraço que alguma vez demos. Soube nesse momento que podias partir… Pois para onde quer que fosses eu iria contigo… em ti.
E, essa segurança, ninguém pode roubar.
Desci as escadas apressada para que soubesses que podias partir tranquilo. Para te dizer que ficarás em mim. Mesmo não sabendo qual é a data do teu regresso.
Nada pode apagar o último ano que vivemos… As gargalhadas, os olhares, as carícias, os segredos, as mudanças, os medos, as cumplicidades, os pensamentos, as loucuras… 365 dias de amor… Nada pode mudar.
Desci as escadas apressada, porque me lembrei de tudo isto, porque não queria que partisses, ainda que me parece injusto pedir-to, porque queria ter coragem de te dizer que esperarei mil anos por ti, nem que fosse para viver apenas mais 365 dias de amor.

Efectivamente 365 dias… uma vida
Afectivamente pois sei que me vais ler, não importa onde estejas.

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Para um grande avô

Há vidas que não podem deixar de ser faladas… que não nos deixam indiferentes.
Porque são feitas de feitos, de poesias soltas, de momentos mágicos, de palavras irrepreensíveis, de gestos de grandeza indubitável, de conselhos perfeitos…
Assim é a vida do Sr. Manel… assim é a vida do meu avô: Uma cantiga de desafio com voz de desgarrada…
87 anos com a simplicidade de uma boina na cabeça.


Contam-me, que quando era ainda pequena, o meu lugar na mesa era sempre ao teu lado, avô. Gostava de me sentar pertinho de ti e que me enchessem o prato de arroz de tomate. Lembro-me, como se fosse hoje, o quanto gostava de te olhar e ver os teus olhos brilhantes de orgulho… na mesa corrida e cheia de gente, a nossa família.

Dizem-me que me chamavas Joaninha pois não gostavas do nome que os meus pais tinham escolhido para mim… mas isso não abalava o carinho. Um carinho que se fazia notar numa mão firme, quando me colocavas em cima do tractor depois de mais um dia de vindimas.

Recordo ouvir-te contar mil histórias do antigamente, gracioso e sorridente, e eu, corria curiosa para ouvir o delicioso desfecho de mais um conto de gente grande que tinha sempre contornos de ternura e uma pitada de humor…

Sempre te ouvi cantar… Todas as ocasiões, por vezes, as menos pensadas, eram a altura ideal… Não havia receios de olhares ou críticas e nem umas cotoveladinhas (de amor) da avó Isaura te faziam parar. Pois era altura de cantar. E nada pode parar as emoções de quem canta com alma na voz.

Os conselhos sábios feitos de palavras simples e justificados por exemplos credíveis, ganham outra força… Força de quem carrega consigo a sabedoria de uma vida desafiada pelo amor, pela força, pela fé… de um amanhã melhor. Conselhos que bebo com a sede de respeito e confiança plena. Não conheço ninguém melhor para me aconselhar…

Não esqueço as muitas notas, que à socapa de todos, me enfiavas no bolso… Notas que tinham um valor diferente, muito superior… possuíam o valor do amor… da confiança, da cumplicidade…

Lembro-me sempre dos muitos passeios que dávamos à volta da capela de Santo António. Passeios, em que os silêncios confortáveis se misturavam com risadas sinceras, histórias fictícias, palavras inventadas, verdades cruas, momentos únicos… E tenho tantas saudades desse tempo, em que o tempo me deixava estar mais contigo… Agora passeio as saudades que tenho de ti.


O tempo passou…
Hoje…
continuo a gostar de arroz de tomate, ainda que reconheço não ter o sabor de outrora,
continuo a ter uma Joaninha dentro de mim, que voa, muitas vezes, para baixo da asa do avô protector,
continuo ansiosa por ouvir as muitas histórias que ainda não contaste e me continuam a deliciar como sempre,
continuo a ouvir-te cantar com o mesmo entusiasmo na voz, de quem acredita que não é tarde para sermos felizes,
continuo a ter sede dos teus conselhos sábios, que mais do que uma vez me acordaram para a realidade,
continuo a valorizar mais o carinho que as notas que me dás, de vez em quando, à socapa,
continuo a sonhar com passeios intermináveis em tardes de Abril,
continuo a sentir, sempre que nos reunimos, que tens o mesmo brilho nos olhos perante uma mesa comprida… cheia de gente, muito mais gente… a nossa família.
E eu continuo a ocupar o meu lugar na mesa… a teu lado.

Há vidas que não podem deixar de ser faladas, que não nos deixam indiferentes, que nos tornam diferentes… melhores pessoas. Há vidas que são vividas com a garra de quem canta uma canção de desafio… Há vidas, assim como a tua, avô. Em que as palavras não chegam para a contar.

Obrigada!

Parabéns!

Efectivamente o melhor avô do mundo.
Afectivamente um Homem com H maiúsculo.

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Outra estação

Hoje, dei por mim a pensar em mim... coisa que faço pouco, confesso.
Muitas pessoas têm-me perguntado ultimamente o que se passa comigo e nem sei, muito bem, o que responder. Finalmente, cheguei a uma conclusão: Estou à espera de começar a viver.
Sei que parece estranho isto, dito assim, mas é verdade... sinto que a vida ainda não começou para mim. Estou à espera de algo... e não sei bem o que é. Vivo na ansiedade de não saber o que quero...
Parece que estou numa estação e nunca mais passa o comboio que me vai levar...

Hoje, dei por mim a pensar em ti... coisa que faço muito, confesso.
Pensei se serias o comboio em que quero partir sem olhar para trás?
Finalmente, cheguei a uma conclusão: És daqueles comboios que param em todas as estações e apeadeiros. E não sei se o meu amor consegue esperar. É que eu sou um trem de grande velocidade e tenho pressa de começar a viver.

Sinto que já me cansam as paredes desta estação... Sinto que vou apanhar o primeiro comboio que passar... Espero encontrarte por aí... noutra estação!.

Entretanto deixo-te a letra da que seria a nossa canção hoje:

Lo ves

"Nuestro amor era igual
que una tarde de abril
que también es fugaz
como ser feliz
Pudo ser y no fué
por ser la vida como es
nos dió la vuelta del revés
lo ves, lo ves

Nuestro amor era igual
que una mañana sin fin
imposible también como no morir
Dejó de ser o será
porque el diablo es como es
juega contigo al esconder
lo ves, lo ves

Y ahora somos como
dos extraños más
que van quedándose detrás
Yo sigo enamorado
y tú sigues sin saber si lo has estado
y si te quize alguna vez
lo ves, lo ves

Después nos hemos vuelto a ver
alguna vez y siempre igual
como dos extraños más
que van quedándose detrás
este extraño se ha entregado
hasta ser como las palmas de tus manos
y tú solo has actuado
yo aún sabiendo que mentias me calle
y me preguntas si te ame
lo ves, lo ves.

Yo que lo había adivinado
y tú sigues sin saber que se ha acabado
por una vez escuchame
lo ves, lo ves.

Mirandonos aquí diciendo adios..."

Obrigada Alejandro Sanz!

Espero que não a oiças tarde de mais.

Efectivamente na estação errada.
Afectivamente comprei bilhete para o teu comboio...