sexta-feira, 20 de abril de 2007

365 dias de amor

Desci as escadas apressada com medo de não te voltar a ver.
Conheces os meus passos… e fizeste um compasso de espera… dissimulaste, com esse charme característico, para que não percebesse que me esperavas.
Afinal… eu também conheço os teus passos!
Olhei-te… e não tinha nada para te dizer…
As escadas, que desci a correr, ficaram com as minhas palavras.
Abracei-te! Foi o melhor abraço que alguma vez demos. Soube nesse momento que podias partir… Pois para onde quer que fosses eu iria contigo… em ti.
E, essa segurança, ninguém pode roubar.
Desci as escadas apressada para que soubesses que podias partir tranquilo. Para te dizer que ficarás em mim. Mesmo não sabendo qual é a data do teu regresso.
Nada pode apagar o último ano que vivemos… As gargalhadas, os olhares, as carícias, os segredos, as mudanças, os medos, as cumplicidades, os pensamentos, as loucuras… 365 dias de amor… Nada pode mudar.
Desci as escadas apressada, porque me lembrei de tudo isto, porque não queria que partisses, ainda que me parece injusto pedir-to, porque queria ter coragem de te dizer que esperarei mil anos por ti, nem que fosse para viver apenas mais 365 dias de amor.

Efectivamente 365 dias… uma vida
Afectivamente pois sei que me vais ler, não importa onde estejas.

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