segunda-feira, 5 de março de 2007

Se pudesse… uma carta!

Tem sido tão difícil seguir com a minha vida depois de ti.
Nunca pensei… A sério. Chega a ser ridículo. Mas, às vezes, parece que vivo numa das muitas canções de dor de corno do Tony Carreira. “Depois de ti mais nada. Nem sol nem madrugada...”
É desesperante não saber que fazes do tempo que nos demos. Que, na altura, me parecia tão necessário. E hoje me parece uma perfeita estupidez. Assusta-me pensar que podes não voltar. És livre para faze-lo. Eu… é que já não me sinto livre… sem ti. O que é uma contradição. Não tenho vontade de nada. A energia parece estar a acabar e é como se de repente só me alimentasse de ti. Não há uma volta que o ponteiro dos segundos dê no relógio que eu não me lembre de ti. Do teu sorriso malandro. Da tua conversa meiga e atenta a todos pormenores. Da tua barba suave. Do teu jeito desajeitado. Da tua sinceridade apaixonante. Do teu sentido de humor. Da tua capacidade de me fazer rir e acreditar que tudo é possível…«basta querer». E a questão é: Será que queremos? Eu quero. Quero muito. Saber de ti. Saber que fazes do tempo que nos demos? Saber se o nosso tempo chegará? Saber como será o nosso tempo? E se de facto aquilo que nos falta é tempo?
Mas as perguntas ficam sem repostas… e há tanto tempo que procuro solução para elas!
Aguardo-te tranquila, ansiosa… às vezes mais, às vezes menos. Aguardo notícias de nós, de ti. Espero que me digas como seguir com a minha vida depois de ti?
Espero que me dês uma resposta… Seja ela qual for. Mas tira-me deste impasse…

Efectivamente num impasse.
Afectivamente uma carta para ti…se pudesse!

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