segunda-feira, 14 de maio de 2007

Sussurros de ternura

Sussurraste-me ao ouvido novamente essas velhas palavras que sei de cor.
Mas que sempre me convencem a voltar.
Sei que não te devia dar ouvidos.
Sei que devia esquecer o que significam essas palavras… que sei de cor.
Mas acredito em nós. Mesmo que todos já o tenham deixado de fazer. Até tu.
Não percebo essa filosofia de que temos todo o tempo do Mundo.
Nunca tens pressa de chegar a lado nenhum. E a nossa história está à espera de ser vivida.
Desta vez o destino tramou-nos, pôs-nos à prova. Frente a frente… Máscaras caídas. Mãos apertadas. Alma tiritante. Olhos brilhantes. Voz trémula. E as velhas palavras que sei de cor.
Por isso, por mais que ninguém compreenda, eu não consigo por um ponto final a uma história que para mim ainda não acabou.
Onde guardaria a tua voz, o teu olhar, as tuas carícias? Onde guardaria a tua respiração descompassada sempre que nos aproximamos? Onde guardaria as promessas que fizemos, os planos que construímos? Onde guardaria as velhas palavras que sei de cor e sempre me convencem a voltar?

Efectivamente susurrando
Afectivamente quero voltar

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