segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Nesse jardim…

Sei-te aí nesse jardim, onde outrora passeávamos à chuva.
Pensativo… sentado no mesmo banco que testemunhou o nosso primeiro beijo.
Bem sabes que nada voltará a ser como era, mas também não te sinto seguro de que assim o quisesses…
Sei-te aí nesse jardim, onde fomos tão felizes.
Lembrando… as promessas que não precisavam de ser juradas para as sentirmos eternas.
Já não somos os mesmos… Verdade? Mas nem esta maturidade nos dá certezas que faltaram no passado.
Sei-te aí nesse jardim, onde dançamos perante os olhares curiosos de quem passava.
Imaginas… onde e com quem estou? Se serei feliz? Se ainda danço com a mesma entrega?
Dúvidas que não te deixam prosseguir viagem. Dúvidas que gostavas que eu também tivesse.
Sei-te aí nesse jardim, onde um dia me cantaste ao ouvido.
Agora calado… relembras a música. Tentas dar-lhe um sentido. Queres que essa canção ainda me diga algo a mim.
Eu sei…
Muitas vezes penso visitar esse jardim, onde outrora passeávamos à chuva, onde fomos tão felizes, onde dançamos, onde um dia me cantaste ao ouvido… Mas sempre que me aproximo desse lugar, algo me faz voltar atrás. Talvez, o medo de te encontrar nesse jardim, pensativo, lembrando, imaginando, calado…
As respostas que procuramos não estão aí… Mas em nós. Resta saber se queremos voltar a questionar-nos?
Será que vale a pena voltar atrás e visitar esse jardim? Tentar o que já deitamos a perder duas vezes?
Não sei…
Sei que quero continuar e não me sai da cabeça a tua imagem aí nesse jardim.
Sei que quero seguir e todos os caminhos me levam até esse jardim.

Efectivamente um belo jardim.
Afectivamente o nosso jardim.

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