terça-feira, 31 de março de 2009

Conversas Coloridas (Parte VIII) – Não dá!

Palavras numa noite de surpresas… em que estávamos encurralados.

(Não há um «boa noite» para início de conversa nem nada, pois assim como assim já não estamos habituados. Não há um «Tudo bem?» ou «Estás boa?», pois com a idade vamo-nos tornando mais directos e centrando-nos no que mais nos interessa – digo eu!-):

- Para onde vais a seguir?
- Ainda não sei.
- Depois diz-me… Eu quero ir contigo!
- Ok…

(… Já de saída sinto um mão – aquela mão – no meu braço):

- Olha lá, não te estás a esquecer de nada?!
- (Irónica) Não… Tenho a mala e o casaco…
- (Indignado) De mim?!
- (Sorriso). O meu carro está cheio…
- Vamos na minha carrinha… Os teus amigos podem vir connosco.
- Não quero deixar aqui o carro. Desculpa!
- Mas eu quero ir contigo!
(…)

Infelizmente (ou não) não vai dar… Esta noite nem de azul, nem de vermelho, nem de verde…
Pois mesmo que não tenhas reparado o mundo girou… e eu estou a léguas de ti… das tuas palavras… das tuas cores… Aqui, onde estou, não consigo sequer perceber quais são as tuas tonalidades…

(E não vale a pena lamuriares-te às minhas amigas… foram elas as primeiras a abrir-me os olhos… Foram elas as que mais se empenharam em mostrar-me que há cores que raramente combinam. Get it?)

Efectivamente com tanta cor por aí...
Afectivamente à descoberta do arco-íris!

sexta-feira, 27 de março de 2009

Eu seria todas as músicas... mas até concordo...



Vemo-nos na Polónia?!

Efectivamente U2
Afectivamente U2

quinta-feira, 19 de março de 2009

Madness :0

Uma pessoa percebe que já teve melhores dias quando...


... numa manhã ao sair de casa, com a mala e saco do lixo, entra no elevador, carrega no r/c, e quando chega finalmente ao destino, agradece ao próprio do elevador...

e

... depois enquanto sai do prédio a pensar na barbaridade que acabou de fazer, quase deita a mala ao contentor em vez do saco do lixo...

Alguém me interna, por favor!

Efectivamente à beira da loucura
Afectivamente só mesmo dando risadas...

terça-feira, 10 de março de 2009

No meu castelo

Construí um castelo, de muralhas altas e janelas minúsculas...
Coloquei-me entre as ameias da torre mais alta... vigiando as redondezas.
Longe dos perigos, atenta aos inimigos, cautelosa nos movimentos.
Não dormia com receio de perder a noção do tempo, angustiada com eventuais aproximações, amedrontada com ruídos estranhos.
Com o passar do tempo, o cansaço apoderou-se de mim... perdi a consciência das horas, desleixei a guarda, deixei de temer.
Ausentei-me de mim... e não percebi que chegavas...
Sem notar fui cedendo, baixei a guarda... desci a ponte levadiça, perra, enferrujada...
Entraste confiante, sem perceber o que ias encontrar... pressagiando descobrir um tesouro bem guardado.
Destemida, desoriantada... enfrentei-me ao desconhecido. Desacostumada à armadura, lutei contra o vazio... contra um cavaleiro sem espada. Numa batalha que nunca existiu. Destruí as minhas maiores conquistas... e perdi uma guerra em que nada havia a ganhar. Uma derrota inglória de uma guerreira valente...
Recolhi as armas, rendi-me às evidências... subi à torre, gritei clemência...

Vencida, de orgulho ferido, concedi o meu reino... um castelo de sonhos, muralhas altas e janelas minúsculas... onde só um aventureiro audaz se atreveria a entrar.

Podias ter partido... (talvez o tenhas feito).
Mas nem reparei.
As princesas não perdem a pose (mesmo quando perdem batalhas).

Efectivamente presa no meu castelo
Afectivamente orgulhosa