terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Portas inquietas

Ainda em 2010...

Não imaginava voltar a este assunto. Aconteceram tantas coisas e pensando bem... todas nos levavam ao afastamento.
Mas ao contrário do que seria de esperar estás perto.. o que para mim demosntra que já não precisamos, corrijo, preciso, de pretextos! O que importa é que aconteçam coisas que nos continuem a ligar a uma ideia que um dia nos pareceu boa, mas que na realidade nunca o foi.
Reencontro num ambiente, digamos... propício, ao som da música certa... Copos. Conversas. Olhares. Uma mão noutra mão e tudo voltou. Não é amor, sei-o agora, mas um desejo que consome.
Voltaste semanas depois, como um ano antes resolveste presentear-me com os teus lábios. E um presente não se nega, mesmo quando não se gosta, menos quando se quer muito tê-lo.
... e um mundo infinito de portas voltou a abrir-se à nossa frente, corrijo, à minha frente!
As mesmas portas abertas... que não nos levam a lado nenhum.
E eu ?! Eu fecho-as e abro-as como uma louca. Ao sabor do vento, da maré, dos teus olhares e sorrisos...
Mas já aprendi que gosto mais de as ter fechadas, diria mesmo trancadas. Mas como num filme de terror em que fechamos os olhos para não ver, a curiosidade acaba por falar mais alto e abrimos um olho atrás da palma da mão, muitas vezes sinto o impulso de as abrir... apenas para espreitar e entro outra vez num mundo que não é o meu e acabo numa luta desigual entre a cabeça e o corpo (noutra altura diria coração, mas sei agora que não). Uma batalha inglória da qual sei o desfecho. Uma guerra em que nunca há um acordo! E tu?! Imapavido e sereno... sem sinais de rendição, segues a tua vida, dando sinais de vida aqui a ali, para teres a certeza que não tranco essa porta inquieta.

Mas deves saber que eu hoje sei coisas que me fazem esquecer porque que é que um dia voltei a espreitar pelo buraco da fechadura dessa porta.

Sê feliz em 2011 eu farei o mesmo!

Efectivamente deitei fora a chave da porta
Afectivamente lembro-me de a ter trancado antes